segunda-feira, 23 de março de 2009

Os Best Sellers e a industrialização da arte literária

A fragilidade e a fugacidade dessa era dita “pós-moderna” fazem com que os leitores busquem Best-sellers, como os de Paulo Coelho, dentre outros, para se inserirem numa sociedade guiada pelas futilidades materiais e pela lógica da aparência.
A produção de livros não se baseia mais nos valores histórico-culturais de seus autores, mas sim em histórias que possam revelar em suas entrelinhas um Best-Seller, pois assim as chances de se alcançar o estimado sucesso de vendas são muito maiores e, por conseguinte, poderá ter a sua obra adaptada para as telas do cinema. Este, a partir das suas exigências, massificou a Literatura com a conseqüente infantilização da linguagem e da estética, para atrair a atenção das pessoas, formando, consequentemente, um público desprovido de senso crítico.
Uma lógica mercadológica paira sobre o sistema literário, impondo novos parâmetros que submete a literatura à dinâmica de um novo modo de contemplar a subjetividade. Os cânones perderam o seu espaço para uma literatura imagética, que seduz os leitores e os transporta para uma dimensão repleta de imprevisibilidade. No entanto, a instituição literária, que sempre tentou encontrar novos Hamlets, já começa a dar sinais de uma revisão dos seus conceitos clássicos. Prova disso é a inclusão de obras até então consideradas “menores” no contexto da comunidade acadêmica. Este acontecimento é de tamanha importância, pois abre espaços para os novos autores se introduzirem neste espectro cultural, porém, não podemos deixar que essa literatura se sobressaia à clássica e ofusque o verdadeiro valor da obra de arte, a sua verdadeira essência.

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